Classificação de rios
Os rios são cursos naturais de água que se deslocam de um ponto mais
alto, nascente, até atingirem a foz.
A
classificação reúne qualidade, capacidade, relevo, drenagem, a frequência
com que a água ocupa as drenagens, entre outras características
específicas.
O esquema básico de agrupamento compreende os seguintes níveis segundo o CONAMA:
· Classe especial
• abastecimento
para consumo humano
• preservação do equilíbrio natural das
comunidades aquáticas
preservação dos ambientes aquáticos em
unidades de conservação de proteção integral.
· Classe 1
• abastecimento para
consumo humano após tratamento simplificado
• proteção
das comunidades aquáticas
• natação, esqui
aquático, mergulho, etc.
• irrigação
de hortaliças e frutas que são consumidas cruas
• proteção
das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
· Classe 2
• abastecimento
para consumo humano após tratamento convencional
• proteção
das comunidades aquáticas
• natação,
esqui aquático, mergulho, etc.
• irrigação
de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e
lazer
• aquicultura
• atividade
de pesca.
· Classe 3
• abastecimento
para consumo humano após tratamento avançado
• irrigação
de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras,
• pesca
• recreação
de contato secundário
• dessedentação de
animais.
· Classe 4
• navegação
• harmonia
paisagística.
o rio Jaguaribe (Ceará) é um exemplo de rio
perene.
Rios perenes: contém água o ano todo, não apresentam interrupção no
fluxo de suas águas e são alimentados por uma fonte contínua (escoamento
superficial e subsuperficial) fazendo com que o nível de suas águas nunca fique
abaixo da superfície terrestre.
Rios temporários: possuem água em apenas um período do ano, tendo
secas nas épocas de estiagem, desaparecendo porque que o lençol freático se
torna mais baixo do que o nível do canal.
Rios efêmeros: se formam apenas por ocasião das chuvas ou após sua
ocorrência, são alimentados pela água de escoamento pois estão acima do nível
do lençol freático.
Além dessas classificações, de acordo com a drenagem das águas de superfície, os rios podem ser:
Efluentes: rios que recebem contribuição de água do subsolo e aumentam sua vazão em direção à jusante. São característicos de regiões úmidas.
Influentes: rios que perdem água para o subsolo, além da perda por
evaporação. Eles diminuem sua vazão em direção à jusante e podem secar antes de
atingir o mar. São típicos de climas áridos.
Quanto à forma de
relevo, existem dois tipos de rios:
De planalto: costumam
apresentar-se em áreas de relevo mais acentuado, possuindo um fluxo mais forte
em razão dos muitos acidentes geográficos ao longo de seu percurso. Por
apresentarem uma grande diferença de nível altimétrico entre sua nascente e a
sua foz, esses rios são considerados ideais para a geração de eletricidade,
porém pouco recomendados para a navegação na maior parte de suas áreas.
O rio
São Francisco é um exemplo de rio de planalto.
De planície: apresentam um curso mais regular, haja vista o
relevo menos acentuado. Por isso, o fluxo de suas áreas não é rápido e a
instalação de hidroelétricas, embora seja possível, é pouco recomendada.
O rio Paraguai é um exemplo de rio de planície.
Em relação à
composição da água (observada pela sua coloração):
De águas claras: são
o tipo considerado mais “puro” e com um maior potencial turístico. Possuem
pouca quantidade de sedimentos e outros sólidos em suspensão.
De águas brancas: são aqueles que apresentam uma grande quantidade de
sedimentos.
De águas pretas: são rios que
apresentam sedimentos mais antigos ou pigmentações oriundas de reações químicas
e influência da vegetação. São rios de águas um pouco mais ácidas e com uma
maior presença de material orgânico.